sábado, 4 de maio de 2013

PROFECIAS AUTORREALIZÁVEIS NA ESCOLA

E em muitos locais ainda é assim, mal inicia o ano e o professor tem um feedback da turma, tais alunos são ótimos e tais não conseguirão passar de ano... E muitas vezes esta profecia se confirma... é a Profecia autorrealizável.
A profecia autorrealizável diz que, quanto mais as pessoas acreditam em uma coisa, mais elas podem influenciar no seu acontecimento. Se temos alunos que em determinados momentos mostram desinteresse e nosso olhar foca neste aspecto, podemos correr o risco de estar “introjetando” dentro de nós a ideia de que ele não é um aluno dedicado, não será bem sucedido e possivelmente não terá aprovação no final do ano, o que fará com que não tenhamos empatia para com aquele aluno. O mesmo se dá ao contrário, o aluno pode pensar: - Este professor não foi com minha cara, está pegando no meu pé! E justamente não consegue ter sucesso naquela disciplina pois se autocondicionou ao pensamento que está sendo excluído.
Muito comum, quando se tem casos de inclusão em sala de aula, os próprios pais, perceberem o filho como não capaz de acompanhar a turma, não capaz de realizar tal atividade, de tanto ouvir aquilo a criança se projeta nisso e não consegue mesmo, pois se conseguir ela estará boicotando a expectativa que os pais fazem dela, pois a visão que uma pessoa tem em relação à outra acaba determinando uma verdade que a outra passa a demonstrar. Segundo McGregor, quem tem expectativas não favoráveis sobre os outros, não acredita neles e não vê suas qualidades, em consequência costuma colher o pior dessas pessoas. Quem tem boas expectativas em relação a outras pessoas, tende a obter o melhor de cada uma delas.
Cunningham (2006) nos diz que nosso passado ainda é muito presente, onde pessoas com necessidades educativas especiais eram percebidas somente por suas deficiências, tinham tantas limitações intelectuais que não conseguiriam se beneficiar com ambientes estimulantes ou com educação. Algumas pessoas acreditavam que indivíduos com deficiências intelectuais graves não tinham emoções, sentimentos necessidades como todos nós. O perigo disso é que se torna uma profecia autorrealizável- pensa-se que não há nada a fazer, então nada é feito; portanto nada muda.
O que temos que fazer é justamente o contrário, é investir no ser humano, acreditar nas suas capacidades, suas potencialidades, pois as descobertas da neurociências vieram justamente para confirmar que estamos constantemente em processo de mudança, Herculano-Houzel (2013) nos diz que nosso cérebro está sendo esculpido diariamente, que possamos então elencar expectativas positivas e oportunizar melhorias na aprendizagem de todos os educandos. Ir em busca da metacognição, pensar sobre o pensar e refletir sobre o agir.
PROFECIAS AUTORREALIZÁVEIS NA ESCOLA

E em muitos locais ainda é assim, mal inicia o ano e o professor tem um feedback da turma, tais alunos são ótimos e tais não conseguirão passar de ano... E muitas vezes esta profecia se confirma... é a Profecia autorrealizável.
A profecia autorrealizável diz que, quanto mais as pessoas acreditam em uma coisa, mais elas podem influenciar no seu acontecimento. Se temos alunos que em determinados momentos mostram desinteresse e nosso olhar foca neste aspecto, podemos correr o risco de estar “introjetando” dentro de nós a ideia de que ele não é um aluno dedicado, não será bem sucedido e possivelmente não terá aprovação no final do ano, o que fará com que não tenhamos empatia para com aquele aluno. O mesmo se dá ao contrário, o aluno pode pensar: - Este professor não foi com minha cara, está pegando no meu pé! E justamente não consegue ter sucesso naquela disciplina pois se autocondicionou ao pensamento que está sendo excluído.
Muito comum, quando se tem casos de inclusão em sala de aula, os próprios pais, perceberem o filho como não capaz de acompanhar a turma, não capaz de realizar tal atividade, de tanto ouvir aquilo a criança se projeta nisso e não consegue mesmo, pois se conseguir ela estará boicotando a expectativa que os pais fazem dela, pois a visão que uma pessoa tem em relação à outra acaba determinando uma verdade que a outra passa a demonstrar. Segundo McGregor, quem tem expectativas não favoráveis sobre os outros, não acredita neles e não vê suas qualidades, em consequência costuma colher o pior dessas pessoas. Quem tem boas expectativas em relação a outras pessoas, tende a obter o melhor de cada uma delas.
Cunningham (2006) nos diz que nosso passado ainda é muito presente, onde pessoas com necessidades educativas especiais eram percebidas somente por suas deficiências, tinham tantas limitações intelectuais que não conseguiriam se beneficiar com ambientes estimulantes ou com educação. Algumas pessoas acreditavam que indivíduos com deficiências intelectuais graves não tinham emoções, sentimentos necessidades como todos nós. O perigo disso é que se torna uma profecia autorrealizável- pensa-se que não há nada a fazer, então nada é feito; portanto nada muda.
O que temos que fazer é justamente o contrário, é investir no ser humano, acreditar nas suas capacidades, suas potencialidades, pois as descobertas da neurociências vieram justamente para confirmar que estamos constantemente em processo de mudança, Herculano-Houzel (2013) nos diz que nosso cérebro está sendo esculpido diariamente, que possamos então elencar expectativas positivas e oportunizar melhorias na aprendizagem de todos os educandos. Ir em busca da metacognição, pensar sobre o pensar e refletir sobre o agir.

Segundo encontro de estudos do PNAIC:

 
   Professoras das escolas Borges, Carvalho, Antônio Vicente, Juvêncio Soares e João Neves discutindo Educação...











        

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Links de Salas de Recursos Multifuncional

A seguir, links de blogs de Salas de Recursos Multifuncionais:


http://salarecursosdv.blogspot.com.br/

http://salamultifuncionaljoaoneves.blogspot.com

http://marindiaalmansa.blogspot.com







PNAIC - o que é...



O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.
Alfabetização
Aos oito anos de idade, as crianças precisam ter a compreensão do funcionamento do sistema de escrita; o domínio das correspondências grafofônicas, mesmo que dominem poucas convenções ortográficas irregulares e poucas regularidades que exijam conhecimentos morfológicos mais complexos; a fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos.
No Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, quatro princípios centrais serão considerados ao longo do desenvolvimento do trabalho pedagógico:
1. o Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador;
2. o desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e a situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias;
3. conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade;
4. a ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem.
Dentro dessa visão, a alfabetização é, sem dúvida, uma das prioridades nacionais no contexto atual, pois o professor alfabetizador tem a função de auxiliar na formação para o bom exercício da cidadania. Para exercer sua função de forma plena é preciso ter clareza do que ensina e como ensina. Para isso, não basta ser um reprodutor de métodos que objetivem apenas o domínio de um código linguístico. É preciso ter clareza sobre qual concepção de alfabetização está subjacente à sua prática.
 

Nosso 1º encontro do PNAIC no âmbito da 24ª CRE

Hoje, dia 02 de maio de 2013 realizamos o nosso primeiro encontro de formação com os professores da 24ª CRE que irão participar da formação do PNAIC.
Contamos com a ilustre presença das professoras mestra Graziela Franceschet Farias e professora doutora HeleniseSangoi Antunesda UFSM.
Foram momentos de confraternização, troca de experiências e muito estudo.
Confiram...


 Professoras do Joãozinho - Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura que participarão da formação do PNAIC

 Exposição dos recursos da Sala de Recursos Multifuncional do Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura


A seguir, posto um artigo muito interessante da Crystina Di Santo D'Andrea da UFSM sobre o PNAIC e o Direito de Aprender


                                                            DIREITO DE APRENDER

                                                                                                         Crystina Di Santo D’Andrea

     A universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aderiu ao Programa Federal “Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa”, instituído pela portaria publicada pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), no dia 05 de julho de 2012, no Diário Oficial da União (DOU). A portaria refere-se às ações e diretrizes gerais de um acordo (pacto) estabelecido entre o Governo Federal, Estados, Municípios e Entidades, firmando o compromisso de alfabetizar as crianças até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, isto é, até os oito anos de idade.
    É possível observar, nas últimas duas décadas, na legislação brasileira, uma evolução nas políticas públicas educacionais1, e retratada na afirmativa do art. 22 da Lei nº 9.3942, “tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
     Assegurando uma formação educacional comum e indispensável às crianças brasileiras, no ano de 2012, praticamente 16 anos depois, a Federação busca, além da universalização do Ensino Fundamental, o acesso e a qualificação da escola pública, assumindo o desafio de promover um ensino eficiente e diminuir a evasão e a repetência, principais causadores da distorção entre a idade das crianças e seu ano de escolarização. O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) mobiliza o país em torno dos Direitos de Aprendizagens no Ciclo de Alfabetização.
   É a Lei nº 11.274, que altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394 e torna obrigatório o ingresso das crianças com seis anos no Ensino Fundamental, organizando os nove anos desse tempo escolar em ciclos de formação. O primeiro ciclo, composto pelos três anos iniciais, é o ciclo em que deverá ocorrer a alfabetização, de forma gradual e progressiva. Um processo contínuo que prevê desde a introdução de habilidades e conhecimentos necessários à alfabetização, ao aprofundamento dos mesmos e sua consolidação em três anos. De nada adiantaria, apenas antecipar o ingresso na escola dos sete para os seis anos, se a Federação continuasse se eximindo das políticas públicas necessárias para corrigir a distorção idade/ano/tempo de escolarização, presente na maioria dos municípios brasileiros.
    Cabe destacar que o PNAIC determina a idade certa para a alfabetização como princípio democratizador de qualificação da educação pública e não, como balizador para uma idade certa para se alfabetizar. Essa é uma forma para se minimizar as discrepâncias relativas à educação em todo o país e, ainda, buscar a solução para o problema de termos muitas crianças e adolescentes fora do tempo padrão escolar, em distorções de idade relativas ao tempo de escolarização.
      A discussão que temos aqui, não é que exista uma idade certa para se alfabetizar, mas que através do PNAIC, a Federação propôs uma forma de, através das políticas públicas, impulsionar o processo de alfabetização nas escolas públicas, garantindo, além do acesso, que todos se alfabetizem até os oito anos de idade. A lógica utilizada é a da democratização e não das competências individuais e os processos de pensamento que levam os indivíduos a se alfabetizarem.
     O artigo 32 da Lei nº 9394, prevê
“ ... Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.”
     O texto prioriza o desenvolvimento da capacidade de Aprender, tendo em vista o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades a partir do pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
     Viabilizar o PNAIC em uma grande ação de formação de professores é o caminho possível e necessário, ao entendimento comum da Lei; e a consequente superação das práticas tradicionais alfabetizadoras, em possibilidades de alfabetização e letramento no período referente aos primeiros anos escolares (6 aos 8 anos), entendendo esse tempo escolar como um ciclo em que todos os professores, no primeiro ano, recebem alunos com seis anos, e deverão introduzir e desenvolver determinados conhecimentos e habilidades para, no segundo ano, aprofundar e, finalmente, no terceiro ano, consolidar as competências necessárias à alfabetização e ao letramento previstas nos saberes escolares.
    Para conquistar uma educação pública de qualidade é preciso concretizar os direitos de aprendizagem das crianças no ciclo de alfabetização, isto é, na idade certa de estar na escola pública, obrigatória e gratuita. Esse é um esforço que compete, agora, às instituições de educação e que será possível quando superarmos o antigo paradigma alfabetizador transformando-o em práticas sociais de letramento na idade certa de estar na escola.


Alfabetização: um direito de todos

Olá

Sou Adriana Sartorio, professora Alfabetizadora há 20 anos.
No momento participo como Orientadora de Estudos do PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Assim, quero iniciar meu blog postando informações a cerca deste importante projeto do Ministério da Educação e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

No meu entender, a alfabetização é e sempre será um direito de todos. Cada um no seu tempo, no seu ritmo, com as suas capacidades e habilidades poderá se apropriar do conhecimento da leitura e da escrita para se tornar um cidadão consciente e transformador.